Dizem os historiadores que o 7° Distrito de Vassouras, denominado Tairetá, e o 3° de Itaguaí, chamado de Paracambi, se uniram, em 1960, para formar o município. Na época, os dois distritos, separados pelo Rio dos Macacos, já se confundiam, formando uma só família.
A freguesia de São Pedro e São Paulo do Ribeirão das Lages foi o primeiro povoado da região, ligada, historicamente, à Fazenda Santa Cruz, colonizado por jesuítas em fins do século XVIII. A Vila de São Pedro e São Paulo surgiu após a expulsão dos inacianos (Companhia do Padre Inácio de Loyola) da região. A Agricultura e pecuária tiveram grande progresso no local, destacando-se nesses setores as fazendas dos Bravos, Anta Soares, Viúva Jorge e dos Macacos.
Na Fazenda dos Macacos, em 19 de dezembro de 1901, se instalaria, conforme a Lei 536, o 3° Distrito de Itaguaí, denominado Paracambi, no então progressivo povoado de Ribeirão dos Macacos, na ocasião, caminho para Minas Gerais e São Paulo. Segundo o historiador Diogo Vasconcelos, a fazenda passou a ser ponto de descanso dos viajantes e das tropas que subiam a serra, contribuindo bastante para o seu progresso.
Com a inauguração da Estrada de Ferro Dom Pedro II, em 1861, a Vila de São Pedro e São Paulo apresentou um acentuado crescimento nos setores da agricultura e pecuária, graças ao trabalho escravo. Em 1867, a despovoada Fazenda dos Macacos hospedou um grupo de ingleses que, admirados com a beleza da região, iniciou o trabalho de instalação de uma fábrica de tecidos de algodão de acordo com o decreto 3.965, de 18 de setembro de 1871, e a fábrica recebeu o nome de Cia. Têxtil Brasil Industrial. A partir daí, a Fazenda dos Macacos foi ficando mais populosa com a chegada, a cada dia, de operários e suas famílias.
Até 1885, o comércio se limitava as duas padarias, dez armazéns, uma capela e duas farmácias, tudo funcionando precariamente. Em 1888, foi instalada uma escola noturna, com capacidade para 200 alunos de ambos os sexos. Em 1894, foi fundado o Clube Brasil Industrial, chamado de cassino, pois inicialmente atendia apenas os diretores para jogos de lazer sendo, posteriormente, cedido aos funcionários para a realização de bailes e festividades.
A história de Paracambi não resume apenas a alguns paragrafos, cada cidadão tem uma em particular, todavia a foto apresentada acima resume muitas historias passadas e cria hoje muitas histórias, onde funcionava uma Fábrica de Tecidos hoje funciona um polo de educação, foi apelidada como Fábrica do Conhecimento.
Uma antiga companhia Têxtil fundada por ingleses, cujo alvará de licença foi assinado pela princesa Isabel. O início de seu funcionamento data de 1871, essa grandiosa empresa é do período do governo do imperador Dom Pedro II, tendo recebido sua visita três vezes. O prédio fabril foi contruído no estilo inglês do século XIX.
O espaço foi transformado em um complexo educacional e abriga pólos de ensino superior e profissionalizante: FAETERJ (Faculdade de Educação Tecnologica do Estado do Rio de Janeiro), CETEP (Centro de Educação Técnica e Profissionalizante), CEDERJ (Centro de Educação á Distância do Estado do Rio de Janeiro) e o IFRJ (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro); a Escola de Música Villa-Lobos e a Brinquedoteca Viva. No local, também estão sendo construídos uma Biblioteca Regional, o Museu da Ciência e a nova sede da Escola Villa-Lobos.